Abstract
Desde o início da revolução em 2010, a Tunísia entrou numa situação de descontrole sociopolítico. Após derrubar o regime do ex-presidente Zine El Abidine Ben Ali em janeiro de 2011, os cidadãos tunisianos participaram da primeira eleição direta no final daquele ano. A nomeação do partido islâmico moderado, o movimento Ennahda, trouxe não só a mudança governamental, mas também incitou divisões ideológicas entre a base secularista e a islamita. Enquanto o Ennahda – banido por Ben Ali em 1989 – tem mantido uma postura liberal, a presença crescente do salafismo juntamente com a resposta laissez-faire por parte do Ennahda fez surgirem preocupações de que a laicidade da Tunísia poderia sujeitar-se a valores religiosos conservadores. Assim, neste artigo será explorado o papel da fé na política da Tunísia através da dinâmica entre o fundador da Tunísia contemporânea, Habib Bourguiba (1903-2000), e os primeiros movimentos islâmicos. Embora a liberdade tenha sido alcançada sob o jugo, permanece o medo da imposição de outro. Por sua vez, este artigo irá explorar as nuances dentro do regime islâmico e diferenciar os desafios enfrentados pela Tunísia à medida que progride o período pós-revolucionário.
Translated title of the contribution | Tunisia's Islamic Spring: the Legacy of Bourguiba |
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Original language | Portuguese |
Pages (from-to) | 34-38 |
Number of pages | 5 |
Journal | Ciência e Cultura |
Volume | 64 |
Issue number | 4 |
Publication status | Published - 1 Dec 2012 |
Keywords
- Tunisia
- Maghreb
- politics
- history
- North Africa
- Islam
- Arab Spring
- Revolution